quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O que pensam/falam de mim, importa?

Senhoras e Senhores depois de quase 2 meses estou de volta, firme e forte! Acabei não tendo tempo por investir em coisas não muito merecedoras na minha vida, batalhei, sofri, me reergui, mas aprendi. Tenho que aprender antes de ensinar não é? Pois aqui estou...
Este tema é um tanto quanto comum, e na verdade, as pessoas de boa conduta já sabem a resposta dela. Difícil mesmo é praticá-la, tão difícil quanto ouvir uma música e não vir pensamentos e lembranças (pesado não é?). Mas, acredito que uma boa conscientização pode lhe ajudar a fazer coisas que muitas pessoas se rendem a não fazer e dizem ser impossível. Tudo se trata de reeducar a mente e entender conceitos. Então vamos detalhar da maneira mais resumida possível.

Falar é o ato de pronunciar palavras, fazer declarações.
Pensar é formar ideias, refletir, raciocinar.

Percebo que você já está mais inteligente. Quero focar a fala, que literalmente é pronunciada após o pensamento (por mais que sejam inúteis). Como dizia um cara da internet: “Penso, logo xingo”. Essa é a tendência natural do ser humano que vive sem limites (educação). Vou descrever a “fala” figurativamente como “língua” pra facilitar o entendimento e te mostrar quem ela é e o que pode fazer.
A língua é contaminada de soberba, não importa o quanto você seja santarrão. Ela se gaba e na primeira oportunidade, e mesmo que sutilmente, rebaixa os outros. Através dela todo o corpo é capaz de adoecer e curar. Há poder para destruir e salvar. É tão poderosa que levanta e abaixa autoestima, faz dias serem belos ou horríveis. Dá princípio a guerras e sela a paz. Inicia o amor, determina o ódio. Destrói famílias, amizades, namoros e casamentos, da mesma maneira que pode construir. Dá sentido à vida, tira toda a razão de viver. As palavras são tão poderosas que às vezes parecemos totalmente imerecedores delas.
Com a língua, protegemos coisas que não deveríamos e ofendemos pessoas que não mereciam. Então nos tornamos, mesmo sem intenção, naquilo que ofendemos ou protegemos. Em outras palavras, somos reféns de nossa própria língua.
Uma das piores características da língua, englobando o pensamento, é o papel que ela tem de vender imagem, fazer marketing. Falamos de nós sempre aumentando e sobre os outros diminuindo, talvez até mentindo sobre tal. Bonitão, não se esqueça que aumentar a verdade ou enfeitá-la é simplesmente mentir, nada mais nada menos que isso. E a língua está sempre naturalmente trabalhando nesse sentido, na imagem que os outros têm de si. A língua é um campo neutro, com grande espaço de poder para o bem e para o mal, para felicidade e para tristeza. Nela procede seus pensamentos e determina a qualidade de vida que o seu dia terá.

Focando a pergunta: O que pensam/falam de mim, importa?
Bom, se você percebeu que há tanto poder nas palavras e pensamentos, atente-se a outras perguntas: Por que eu permitiria que palavras alheias moldassem minhas atitudes?
As pessoas são boas? Todas elas me amam? Desejam o meu bem? Conhecem meus motivos? Quais delas realmente se importam mais comigo do que sua própria imagem? (Esqueça sua imagem!).
Você não é o que os outros dizem nem o que pensam de você. Entregar aos outros o poder de dizerem algo a seu respeito só acontece quando não se tem noção de quem você é, nem para que veio ou porque vive. Não tem um propósito e atenta muito mais ao que dizem, mesmo que seja uma mentira. Faça um favor a si mesmo, descreia da visão apaixonada que lhe faz ver pessoas como seres perfeitos. “Ah, mas não acho que eles são”, você diz. Então porque o julgamento deles tem tanto peso na sua vida? Afinal, pessoas imperfeitas não fazem julgamentos perfeitos, nem críticas perfeitas, nem falam sobre você o que precisa ou gostaria de ouvir.

Quer abrir mão de viver? Continue dando valor ao que pensam e dizem a seu respeito. Quer ser feliz? Pegue a opinião alheia e carimbe um “DANE-SE” gigantesco. Porque alguns momentos são imperdíveis, outros não-renováveis, muitos talvez nunca mais aconteçam e eles são preciosos e rápidos demais para você parar pra pensar no que os outros irão pensar de você.

 Somos o que protegemos e defendemos. Você quer ser você ou apenas uma imagem?