terça-feira, 10 de julho de 2012

Crianças e influências de um mundo irreal


Infância – fase inicial do desenvolvimento humano. Considero o início a fase mais importante da vida, são os primeiros passos, as primeiras ações, a criação do primeiro mundo. Tudo é real! Sem dúvidas, muito desse “real” influencia suas vidas.

Lembro de minha infância, foi simplesmente incrível rodar peão, jogar bolinha de gude, tazo e supernintendo. Tínhamos que fazer nossos jogos, usar a mente, criar, aprender e dominar técnicas, mesmo sendo simples. Hoje tudo está pronto, tudo está feito. Parece que entramos em um mundo automático, para “viver” basta apertar um botão, ou melhor, deixar de viver. O mundo vive constantes mudanças, e nós, seres humanos, não nascemos adaptados a elas. Infelizmente nem todas mudanças são para melhor.

Há algum tempo eu estava em uma “games”, vi umas crianças jogando Grand theft auto San Andreas (GTA). O jogo é bom, mas não há nada de infantil. Uma síntese do jogo: “O personagem é um homem afro e magro que no decorrer do jogo evolui gradualmente na popularidade marginal e vida bandida. Faz sexo com prostitutas, monta gangues, trafica drogas, anda de Ak 47 ou bazuca na rua e atira só pra ver o tombo, o alvo mais querido são os policiais (impressionante como esse jogo faz ter raiva da polícia).”
Em seguida, vi outros garotos jogando Dragon Ball. Um deles colocou a camisa em cima do joystick e começou a esfregar todos os botões, o jogo é o de menos, a cena mais violenta foi o tapa que o garoto tomou do dono da ‘games’ quando derrubou o Joystick no chão. O jogo nem é tão ruim, mas o anime é violento e influencia absurdamente pessoas sem conceitos formados (crianças). Elas não têm culpa, Dragon Ball é sensacional, um clássico dos animes.

Se entrares em uma escola pública infantil verá que a brincadeira é “luta” do começo ao fim. Eu mesmo soltei vários “kamehameha’s”, falo com experiência. Minha época foi o auge do dragon Ball, sempre tinha alguém soltando um. Mas parece que quanto mais tempo passar pior fica. É natural o ser humano ser territorialista e querer demonstrar força maior em relação a outros.  Porém, isso pode ser controlado com uma boa educação e civilização.

Na escola tinha uma palhaçada no formato “rank porradeiro”. Simples, um se dizia mais forte que o outro. Era normal ouvir dizer “eu bato nesse, sou mais forte que esse e blá blá blá”. Por incrível que pareça, era estabelecido um rank imaginário relacionado à força física. Tudo bem, digamos que isso impunha certo tipo de respeito entre eles. O problema era quando alguém queria subir no rank, e adivinhe... Isso se resolve na briga.
Bom, essa foi uma pequena parte de minha infância. Não sei se hoje é assim ou pior. Melhor nunca fica não é?

Você que é Pai/Mãe ou tem o desejo de ser um dia, imagine um filho. Imagine que você está com seu filho de 3 ou 4 anos assistindo “ben 10” (um anime atual): Ben 10 é um garoto de 10 anos que tem um relógio que o transforma em algum tipo de alienígena, podendo assim espancar os vilões. Às vezes se transforma em um monstro vermelho musculoso de 4 braços (esse é um dos vários). Mentalize uma forte cena de agressão física, algo envolvendo monstros. Neste momento seu filho pergunta: “O que é isso?”... Qual seria sua resposta?

Entenda, essas coisas são o que a criança toma como verdade. Crianças imitam e praticam o que vêem, isso molda suas vidas. Tente controlar o que a criança vê e dê a ele o melhor, afinal, quando crescer você não terá mais controle, apenas o respeito. Dê uma boa criação, conheça e respeite seus limites cognitivos, físicos e emocionais e seja presente principalmente na infância, isso pode gerar um belo futuro e evitar muitos sofrimentos ineficazes. 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Amor, existe definição?


Existe algo mais banalizado?
Certa vez perguntei a algumas pessoas “o que é amor?”.
Algumas não, várias! Sinceramente as respostas não me convenceram, apesar de que, acredito que não exista uma definição única.

Um deles disse: “amor é chegar perto de alguém e sentir um frio na barriga”.
Outro disse: “ficar com as pernas bambas quando você fica na frente da pessoa”.
Coisas como ficar sem palavras etc. e etc.

A última vez que fiquei tão insatisfeito foi quando descobri que a décima temporada de FRIENDS era a última. A resposta foi tão “pequena” que cheguei a dizer que se isso era amor, eu senti amor quando fui fazer o “número dois” no banheiro da escola depois de ter comido um bobó de camarão (bem brasileiro não?!). Porém, pedi dispensa e fui pra casa, o caminho nunca foi tão longo! Só quero dizer que, isso são sensações (comportamentos respondentes) interagindo com situações não muito frequentes (habituadas).
Depois disso o famoso clichê: “amor é uma coisa que você sente e não dá para explicar.”
Talvez até tenha razão, em partes. Quando ouvi essas respostas logo me veio um dos pensamentos mais profundos de minha inusitada vida: “Que resposta medíocre”.
Típica resposta aceitável para quem não tem interesse em saber nada da vida, pouca qualidade, pouco valor. Não digo que está errado, mas isso basta pra você?
Se soubessem que frio na barriga é sensação de medo e insegurança tanto quanto bambear as pernas, jamais dariam tais respostas.

Como de costume, colocarei uma visão pessoal sobre o assunto. É claro, seguido de estudos, pesquisas e experiências intensivas. E também algumas coisas que percebi sobre amor vendo/estudando pessoas amorosas. Não há definição única, mas tem qualidades evidentes. Tomei nota de algumas características.

Quem ama:
1º - Sofre
Impossível uma pessoa amar outra, em qualquer tipo de relação, e não sofrer. Seja em família, namoro ou amizade. O amor exige que você confie e tenha uma relação de bem-estar, querendo ou não alguém sofre. Incrível é a maneira em que a superação do sofrimento faz o amor crescer e amadurecer.

2° - Não inveja
Difícil uma pessoa amorosa ter inveja. Se consegue amar alguém, é evidente que a priori amou a si próprio. Quando digo “não ter inveja” quero dizer valorizar o que tem e fazer disso o melhor da vida, ao invés de visualizar o que outros tem e imaginar o quanto seria bom se o tivesse.
Valorize, enxergue e ame o que é seu. Se olhar pertences alheios e o desejar, tudo que é seu perderá o valor diante de seus olhos, até mesmo o amor próprio.
Seria aquela velha história, “do vizinho é sempre melhor”.

3º - Não busca interesses próprios.
É cansativo ver relações interpessoais, principalmente entre casais, em que a felicidade do outro é sempre uma troca. Coisas básicas como:
Só deixar a namorada sair se saiu primeiro (vice-versa).
Revezamento para pagar o jantar ou a saída básica.
Erros cometidos dão direitos para o outro cometer um erro (ou o mesmo).

Absurdo! Parece um tipo de dívida imaginária. Consegue ver amor nisso? (Se respondeu ‘não’ ponto pra você.)
Ter uma relação assim é inútil. Chega a ser ridículo!
Pessoas assim não entendem que se arrepender e pedir perdão faz amadurecer, e que perdoar fortalece o amor. Nem percebe que pagar o jantar é uma das formas mais belas do homem sentir que cuida de sua mulher. E que a vingança – ou “direitos iguais” entenda como quiser– é a arma mais letal para o amor e o gelo que esfria o calor da paixão.
Se você realmente ama, sua maior necessidade é ver o outro feliz e sorrindo, ou pelo menos torcer para que isso aconteça. ISSO NÃO PODE SER UMA TROCA! Amar é doar-se.

4° - Espera e suporta
O maior exemplo que consigo me lembrar agora é o casamento. Você conhece o juramento.
“Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza...”

Em pleno século XXI, casamentos têm sido feitos apenas na saúde, na alegria e na riqueza. Na doença, na tristeza e na pobreza, o divórcio. Pular fora, trair, se acovardar, pedir bens, abandonar. Enfim, por que se casam?

Dentre as hipóteses, a mais razoável e complexa, é que não sabem o que estão fazendo. Talvez pensassem que amar é sentir um frio na barriga e as pernas bambearem, porém, sensações vêm e vão. Entenda que o amor, diferente da atração, é uma escolha. Você diz “sim”, mas tem a opção de dizer “não”. Tanto no casamento como em qualquer outra relação, o amor começa na “decisão”.
Se quiser ter uma relação amorosa, duradoura e saudável não baseie sua relação nas sensações, mas na firmeza da sua decisão e persista. Só assim perceberá que a felicidade procede à superação de problemas, que ser fiel e não desistir pode dar a vocês o poder de sentir todas as emoções e dizer “Nós vencemos”.

Pense e tire suas conclusões.

Gustavo Vinícius